
Um alerta sobre a urgência de modernizar nossa regulação
Brasil de Fato revela que o país é o maior consumidor mundial de produtos proibidos na União Europeia. O dado reforça a importância de fortalecer a legislação e incentivar o uso de bioinsumos como alternativa sustentável.
Exportações em alta e destino certo: o Brasil
Reportagem feita por Leonardo Fernandes e publicada pelo portal Brasil de Fato (2025) revelou que, apenas em 2024, a União Europeia exportou cerca de 122 mil toneladas de agrotóxicos proibidos dentro de seu próprio território, representando um aumento de aproximadamente 50 % em relação a 2018. Entre os 93 países compradores, o Brasil lidera o consumo mundial de agrotóxicos, tendo recebido 14,6 milhões de quilos (ou litros) desses produtos — muitos deles com uso banido na Europa por riscos à saúde e ao meio ambiente. Entre as moléculas citadas estão Mancozebe, Atrazina, Thiram, Thiametoxam, Cyproconazote, Dimetoato Thiophanate-metyl e Propargite, substâncias conhecidas por seus efeitos tóxicos sobre organismos não alvo e pelo potencial de contaminação de solo e água.
“É o retrato de um modelo de dois pesos e duas medidas: o que é proibido na Europa continua sendo exportado para países em desenvolvimento, como o Brasil”, destaca a reportagem do Brasil de Fato (2025).
Desafios no controle e fiscalização
O texto também chama atenção para a fragilidade institucional das políticas de controle brasileiras. Com a Lei nº 14.785/2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) passou a concentrar maior poder nas autorizações e registros de agrotóxicos, reduzindo a atuação técnica de Anvisa e Ibama. Segundo a reportagem, essa mudança enfraquece a aplicação do princípio da precaução, além de limitar a capacidade de reavaliação toxicológica e ambiental quando surgem novas evidências científicas. O resultado é que moléculas banidas em outros países continuam sendo utilizadas nas lavouras brasileiras, enquanto os processos de revisão permanecem lentos e pouco transparentes.
Oportunidade: fortalecer os bioinsumos
O Brasil já conta com iniciativas que apontam um caminho mais sustentável, como o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), citado na matéria. Esse programa visa reduzir gradualmente a dependência de defensivos sintéticos, promovendo tecnologias de base biológica e práticas agroecológicas.
Os bioinsumos, nesse contexto, representam uma das principais alternativas para o futuro da agricultura brasileira. Compostos por microrganismos, extratos vegetais e minerais naturais, eles atuam como bioestimulantes e bioprotetores, fortalecendo o sistema de defesa das plantas e reduzindo a necessidade de agrotóxicos convencionais. Além disso, melhoram a saúde do solo, preservam a microbiota natural e diminuem o risco de contaminação de mananciais e alimentos — fatores decisivos para o equilíbrio ambiental e para o acesso a mercados que valorizam produtos livres de resíduos tóxicos.
Por que modernizar as regras?
A reportagem do Brasil de Fato (2025) evidencia a importância de rever e aprimorar a legislação brasileira de agrotóxicos, com base em três pilares fundamentais:
- Transparência regulatória: garantir que o produtor e o consumidor saibam quais substâncias estão sendo usadas e seus potenciais riscos.
2. Autonomia científica: fortalecer o papel técnico de Anvisa, Ibama e instituições de pesquisa independentes.
3. Incentivo à inovação verde: simplificar o registro de bioinsumos e acelerar a adoção de produtos biológicos eficazes e seguros.
Essas medidas são fundamentais para que o país avance rumo a uma agricultura mais sustentável, produtiva e respeitosa com o meio ambiente.
Compromisso Defense Fertilizer
Na Defense Fertilizer, acreditamos que o futuro da agricultura brasileira passa pela ciência, pela responsabilidade e pela inovação sustentável. Nosso compromisso é desenvolver soluções biológicas seguras, livres de resíduos tóxicos e alinhadas com os princípios da bioeconomia, oferecendo ao produtor eficiência agronômica e respeito ao meio ambiente. Acreditamos que o uso consciente de bioinsumos é a chave para proteger o solo, as plantas e as pessoas, contribuindo para um campo mais saudável e produtivo.
Para mais informações, leia a reportagem na integra:
BRASIL DE FATO. Veneno tipo exportação: venda de agrotóxicos banidos em países europeus explode e Brasil é o maior consumidor. Publicado em 14 out. 2025. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2025/10/14/veneno-tipo-exportacao-venda-de-agrotoxicos-banidos-em-paises-europeus-explode-e-brasil-e-o-maior-consumidor

